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Joana Moreira

Joana Moreira

Jornalista

Articles (37)

Podcasts sobre sustentabilidade para uma vida mais verde

Podcasts sobre sustentabilidade para uma vida mais verde

Nunca a palavra sustentabilidade esteve tanto na ordem do dia. Já sabemos que os sacos de plástico são para reutilizar, que tudo o que é descartável é de evitar e que, na dúvida, mais vale deixar o carro em casa e ir para o trabalho de transportes públicos. Mas ainda há muitas questões e incertezas sobre o que é mais ou menos ecológico e as conversas estão longe de parar por aqui. Se anda à procura de uma vozinha – literalmente – no ouvido para mudar os seus hábitos, fique a saber em que podcasts pode mergulhar de cabeça para começar a ajudar o planeta. Recomendado: Dezanove podcasts portugueses para ocupar os dias

Está a nascer um museu do sexo em Oeiras, para quebrar o “tabu das instituições”

Está a nascer um museu do sexo em Oeiras, para quebrar o “tabu das instituições”

O prazer sexual feminino é historicamente menosprezado, mas há uma nova exposição que quer pôr o tema no centro das conversas. Desde o final de Junho que o Palácio dos Anjos, em Algés, mostra Amor Veneris – Viagem ao Prazer Sexual Feminino, a primeira iniciativa do Museu Pedagógico do Sexo (Musex).  Com ou sem consentimento? É a pergunta colocada à entrada da exposição, que é também uma viagem pelo corpo e sexualidade das mulheres. Caso a escolha seja “com consentimento”, os visitantes mergulham de imediato no mundo do prazer sexual feminino. Caso a escolha seja “sem consentimento”, o percurso implica a passagem por salas escurecidas e um texto de parede em jeito de manifesto: “Forçou uma entrada, o que, neste contexto, significa que exerceu um acto de violência sexual sobre a mulher. Qualquer tipo de actividade sexual sem consentimento, incluindo toques, carícias, beijos e relações sexuais é uma forma de agressão sexual que pode ser considerada CRIME. Se o consentimento não for claro, voluntário, entusiástico, coerente e contínuo, ou se a interacção ocorrer por medo, culpa, intimidação ou coerção, é AGRESSÃO SEXUAL.”  “Toda esta sala tem esta pretensão, que as pessoas saiam daqui com um murro no estômago, desconfortáveis", admite à Time Out a terapeuta sexual Marta Crawford, curadora da exposição e fundadora do Musex, um museu que existe para já enquanto conceito, sem um espaço físico definido. “Este núcleo expositivo pretende provocar uma reflexão sobre a violência sexual c

Está na altura de cortar o cabelo? Conheça estes novos cabeleireiros em Lisboa

Está na altura de cortar o cabelo? Conheça estes novos cabeleireiros em Lisboa

Escolher um cabeleireiro nunca é só escolher um cabeleireiro e em havendo uma mão cheia de novos espaços na cidade, a tarefa só pode sair facilitada. Desde o início da pandemia que os profissionais do corte e da cor não têm cruzado os braços. Mesmo com dois confinamentos pelo meio, Lisboa viu nascer novos cabeleireiros, todos eles com as suas especificidades. Dos ambientes intimistas, quase a fazer lembrar uma sala de estar, aos interiores de sonho, passando pelos que se propõem a tratar de tudo o que complementa o cabelo, aponte estes novos cabeleireiros em Lisboa. Recomendado: Os restaurantes mais bonitos em Lisboa

Próxima objectiva: cursos de fotografia em Lisboa

Próxima objectiva: cursos de fotografia em Lisboa

De dia, de noite, às voltas, a subir ou a descer. A arte fotográfica para amadores não se esgota nos filtros do Instagram. Para revelar o seu lado artístico, explore a sua veia mais objectiva com estes cursos de fotografia em Lisboa: se não conseguir entrar já na próxima turma (nos casos em que se aplica), pode sempre esperar pela próxima edição do curso ou do workshop, uma vez que acontecem regularmente. Vá lá, esqueça a lente dos smartphones de uma vez por todas e brilhe nas redes sociais com fotografias que parecem profissionais.  Recomendado: Exposições em Lisboa para visitar este fim-de-semana

Sítios onde um adulto pode ser criança em Lisboa

Sítios onde um adulto pode ser criança em Lisboa

Há pessoas que acham que os adultos não devem brincar. Que existe uma data de validade para 
a diversão e, terminado esse prazo, há que viver uma vida séria, empilhando responsabilidades, suportando maus empregos e péssimos casamentos. Felizmente, há cada vez mais adultos a escapar a essa armadilha – e a brincar pela vida fora. A diversão está descentralizada, democratizou-se, e a infância é um estado intermitente que nos visita de vez em quando. Fizemos o roteiro 
da Lisboalândia, um parque de diversões disfarçado de cidade onde há muito mais para fazer para além de tocar às campainhas e fugir. Recomendado: Os melhores sítios para jogar bowling em Lisboa

Dar o corpo ao manifesto: os novos ginásios em Lisboa

Dar o corpo ao manifesto: os novos ginásios em Lisboa

A primeira quarentena em 2020 obrigou os ginásios a fechar. Mudaram-se os ritmos dos treinos – e os próprios treinos – perante a nova realidade. Dois anos depois, com todos os cuidados, já é possível voltar em segurança aos ginásios e dar tudo na malhação, sem desculpas. Houve até quem não desistisse de investir nestes equipamentos e abrisse novos espaços. Portanto, liberte o stress da cidade a pedalar numa bicicleta ou a esmurrar um saco de boxe nestes novos ginásios da cidade. Qual é o seu tipo de desporto? Recomendado: As melhores músicas para treinar no ginásio (ou ao ar livre)

Aulas de boxe em Lisboa: vamos andar à pêra?

Aulas de boxe em Lisboa: vamos andar à pêra?

Quem nunca sonhou ter um saco de pancada em casa para descarregar o stress do dia-a-dia (pode sempre imaginar que é o seu chefe...) que ponha o dedo no ar. As aulas de boxe podem ser uma solução para esse e outros problemas – como ficar em forma. Já se sabe que praticar desporto é fundamental, e os exercícios ditos de luta estão associados à descarga de energia e ao lado mais catártico da prática desportiva. Se está indeciso entre comprar um saco de boxe para ter em casa ou recorrer às aulas de grupo, deixamos-lhe bons argumentos para optar pelo segundo cenário.  Recomendado: Dar o corpo ao manifesto –  os novos ginásios em Lisboa

China em Lisboa: uma nova geração à conquista da cidade

China em Lisboa: uma nova geração à conquista da cidade

Uns nasceram em Portugal, outros aterraram ainda pequenos e adaptaram-se à nova cultura. A comunidade chinesa criou raízes em Lisboa e estas quatro histórias são exemplos disso. Sara é professora de yoga que dá cartas nas redes sociais, Fernando abriu o próprio espaço de bubble tea em Outubro de 2021, Filipe é o escanção do Kabuki e Zichao está a construir uma carreira internacional como modelo. Trajectos profissionais de sucesso (ou, no mínimo, promissores) que fomos conhecer, mesmo a tempo de dar as boas-vindas ao novo ano lunar. Recomendado: leia já esta semana a edição grátis da Time Out Portugal

Ano Novo Chinês em Lisboa: um roteiro pela cidade

Ano Novo Chinês em Lisboa: um roteiro pela cidade

Não há doze badaladas, muito menos doze passas e flutes de champanhe. O Ano Novo Chinês entra oficialmente a 1 de Fevereiro com o signo Tigre, mas as celebrações começam quando cada um quiser, sobretudo se for com a família ou um grupo de amigos reunidos à volta da mesa. Dos festejos que, mais um ano, acontecem online à programação do Museu do Oriente, a data não passa em claro. Depois, há sempre uma série de bons motivos para embarcar numa odisseia gastronómica pelos sabores do Império do Meio, tudo sem sair de Lisboa. Recomendado: leia grátis a edição da Time Out Portugal desta semana

Conheça estes museus de arte contemporânea em Lisboa

Conheça estes museus de arte contemporânea em Lisboa

Não há muitos museus de arte contemporânea em Lisboa (e arredores), mas os que existem merecem uma visita. Além das colecções importantes (alguns guardam exemplares dos maiores nomes da arte contemporânea mundial), todos alimentam a programação com exposições temporárias que marcam a agenda cultural. Em Lisboa tanto pode ver artistas internacionais como os grandes portugueses. De Júlio Pomar a Andy Warhol, de José de Almada Negreiros a Marcel Duchamp, pode correr os mais variados estilos artísticos ao longo deste roteiro que aqui lhe traçamos pelos museus de arte contemporânea da cidade.  Recomendado: As novas obras de arte urbana em Lisboa

Três sítios para beber cocktails lindos de morrer

Três sítios para beber cocktails lindos de morrer

Aqui não vale beber sem tirar uma fotografia primeiro. Estes três bares em Lisboa capricham na apresentação e trazem à mesa (ou ao balcão) alguns dos cocktails mais bonitos da cidade. Os exemplos que se seguem abaixo distinguem-se não só pelo sabor, mas sobretudo pelo aspecto e atenção ao mais ínfimo detalhe. Da escolha do copo às variações de tons e misturas de texturas, a arte na criação dos cocktails é tão impressionante que um destes bares recebeu até uma menção honrosa nos Prémios Time Out 2021.  Recomendado: Discotecas em Lisboa. O roteiro para voltar perder-se na noite

Os espectáculos de humor que tem de ver nos próximos meses

Os espectáculos de humor que tem de ver nos próximos meses

O ditado bem diz que rir é o melhor remédio e o ano de 2022 parece ter percebido a mensagem. Durante os próximos meses, a agenda da cidade enche-se de espectáculos de comédia, seja na forma de solos de humoristas altamente preparados nas grandes salas da capital, bares de stand-up comedy que acolhem projectos que obrigam a dar largas à imaginação, ou podcasts gravados ao vivo que prometem deixar o público ao rubro. Recomendado: Bares com stand-up comedy em Lisboa

News (197)

Em Chelas olha-se para arte – e para os outros

Em Chelas olha-se para arte – e para os outros

Numa rua pacata e residencial em Chelas está instalado um contentor marítimo. No exterior há vários orifícios, sempre aos pares, que desafiam a ceder ao instinto: olhar para o interior. Lá dentro mostra-se gente, lugares, histórias e memórias ligadas aos bairros circundantes, numa instalação multimédia do artista António-Pedro, da Companhia Caótica, e de moradores da freguesia lisboeta. É mais uma das obras do projecto do Centro de Arte Moderna da Gulbenkian (CAM), que desde Outubro coloca contentores marítimos em locais públicos da cidade com obras pensadas para estes espaços. O projecto acontece enquanto decorrem as obras de remodelação e ampliação do CAM, que deverá reabrir no próximo ano.  4 Olhos/4 Odju é o nome da obra de vídeo e som que, tal como os primeiros aparelhos cinematográficos, como o cinetoscópio, exige que se olhe pelas aberturas do exterior para usufruir da experiência artística. Nas palavras de António-Pedro, o objectivo é cruzar “o olhar de quem não vai ao CAM, com o olhar de quem não vai ao bairro”. “As pessoas para além de verem a peça podem ver os olhos dos outros a olhar. A minha ideia era também imaginar que podia haver duas comunidades, as comunidades que são de fora, as que são de dentro, ou mesmo as comunidades que convivem cá dentro, a olharem-se também. Para além de olharem a peça, olharem-se uns aos outros”, descreve à Time Out.  Francisco Romão Pereira São cinco pequenas curtas-metragens exibidas de forma contínua no interior do contentor, c

Com mais de 100 artistas, do mainstream ao underground, já há cartaz para o Festival Iminente

Com mais de 100 artistas, do mainstream ao underground, já há cartaz para o Festival Iminente

Children of Zeus, Young M.A., Sister Nancy, Yasiin Bey (antes conhecido como Mos Def), Mansur Brown, Rochelle Jordan, Sam the Kid. Todos vão passar pela Matinha entre 22 a 25 de Setembro no Festival Iminente, que conta com o artista Alexandre Farto (Vhils) entre os fundadores.  São quatro dias de música, artes visuais, conversas, exposições, performances e projectos comunitários que pretendem “voltar a aproximar as comunidades aos seus territórios e produção artística contemporânea, em várias áreas, cruzando tendências do mainstream com movimentos emergentes, elevando a riqueza e complexidade da cultura urbana e unindo comunidades e gerações que fazem parte desta cultura”. Na música, o cartaz inclui nomes internacionais, como os rappers americanos Yasiin Bey (24 Set) ou Young M.A. (22 Set), a cantora jamaicana Sister Nancy (23 Set) ou a brasileira Karol Conká (25 Set). Entre as confirmações portuguesas estão ProfJam (22 Set), Carla Prata (23 Set) ou Sam the Kid (24 Set), que será acompanhado pela sua banda Orelha Negra e uma orquestra.  Nas artes visuais esperam-se várias instalações, muitas delas pensadas especificamente para o festival, de artistas como Vanessa Barragão, Rita Ravasco, Noah Zagalo, Beatriz Brum, Kampus, Superlinox, João Fortuna, Filipa Bossuet, Batida, Vhils, Wasted Rita, ±Mais Menos± ou o colectivo Unidigrazz. Nestes quatro dias haverá tempo também para mostrar o resultado dos workshops artísticos que estão a ser desenvolvidos em quatro bairros de L

Cinetoscópio: eles querem mais cinema independente na cidade

Cinetoscópio: eles querem mais cinema independente na cidade

Como se chama público para ver filmes? E como se leva as novas gerações, em particular, a preferir o escurinho do cinema às plataformas digitais? Desde Maio que a sala Fernando Lopes, inserida no campus da Universidade Lusófona, leva ao grande ecrã cinema independente com um foco no público jovem e universitário.  Mas este é apenas o primeiro passo da Cinetoscópio, uma empresa recém-criada em partes iguais pela produtora O Som e a Fúria; a Gambito, participante da Alambique Filmes; e a Risi Film, que gere em Portugal a plataforma Filmin e organiza eventos como a Festa do Cinema Italiano. A estrutura tem na direcção Stefano Savio (Risi Film), Luís Apolinário (Gambito), e Luís Urbano (O Som e a Fúria). A ideia era "fechar o círculo", explica o trio à Time Out, antes de uma sessão no espaço no Campo Grande. "Ter produção, distribuição, ter Filmin, ter festivais e ter salas de cinema. Achamos que a potencialidade de nos juntarmos está exatamente aí", resume Stefano Savio. “A preocupação comum é que acabamos por sofrer do mesmo mal, que é a quase total ausência de circuito de sala para cinema independente. O país está basicamente reduzido a quatro ecrãs, dois em Lisboa e dois no Porto”, diz Luís Urbano, referindo-se ao Cinema Nimas e Cinema Ideal, na capital, e às duas salas do Cinema Trindade, no Porto.  É daí que surge a Cinetoscópio, com a missão de “contribuir para alterar um pouco este panorama”. "O projecto Fernando Lopes é uma espécie de primeiro laboratório” para o caminho

‘Muito Barulho por Nada’. Um Shakespeare cómico e feminista

‘Muito Barulho por Nada’. Um Shakespeare cómico e feminista

A intemporalidade nos textos de Shakespeare e a vontade de os tornar acessíveis aos espectadores que passam o Verão na cidade. São dois dos argumentos que levaram o encenador António Pires a querer revisitar mais um texto do dramaturgo inglês no palco criado temporariamente no Museu Arqueológico do Carmo, em Lisboa, até 20 de Agosto.  Muito Barulho por Nada (Much Ado About Nothing, no original) marca o regresso a William Shakespeare (depois de Rei João, em 2020) do Teatro do Bairro, que há vários Verões vem tomando as ruínas do Convento do Carmo para levar teatro a novas audiências. A estratégia é assumida. “[Queremos] sair do teatro e meter o espectáculo na rua, ir à procura das pessoas”, diz Pires à Time Out. O resultado é, constata, um público ecléctico, de turistas – o que motiva a legendagem da peça em inglês – a famílias “que vêm passar o dia a Lisboa, que passam por ali e vêm que há teatro”.  Por não se tratar de um “público fiel que vai ao teatro não sei quantas vezes por ano”, o encenador reforça a importância de insistir na dramaturgia clássica e levá-la à cena “de uma forma simples, em que o público perceba o que lá está”. Neste caso, o que “está” nesta comédia shakespeariana, escrita algures entre 1598 e 1599, e traduzida para português por Sophia de Mello Breyner (nos anos 90 para o Teatro da Cornucópia), é uma crítica à ordem moral e aos costumes, e uma denúncia da situação da mulher no contexto patriarcal do período isabelino. “É o [texto de] Shakespeare mais f

Nesta Casa de Bonecas, a boneca quer sair – e não é só teatro

Nesta Casa de Bonecas, a boneca quer sair – e não é só teatro

Já vinha de longe a vontade de João de Brito em levar à cena Uma Casa de Bonecas, de Ibsen. “A forma como está construída a história, a temática, este grito do Ipiranga da mulher, esta Nora representa isso, fazer coisas que até à data eram impensáveis”, diz o encenador sobre a protagonista desta peça, que mostrou no Teatro da Trindade no ano passado e à qual regressa agora para uma temporada de Verão no Teatro Villaret.  No palco, Nora é liberdade e revolução. Uma mulher que escolhe deixar para trás o marido, a casa, os filhos, para se descobrir. “Obviamente, a questão do feminismo é muito importante aqui, mas também [há] esta questão existencialista de se encontrar primeiro. Esta saída de casa é para tentar descobrir o porquê de estar aqui, de estar viva, de existir”, explica Madalena Almeida, a actriz que dá corpo à personagem que escandalizou a sociedade em 1879 e que promete continuar a fazê-lo hoje.  Objectivamente, Nora e Torvald Helmer são um casal perfeito. Jovens burgueses que aparentam amar-se. Mas quando ela desafia a clausura do estereótipo de mulher frívola e inocente, recatada e do lar, o que estava encoberto torna-se evidente. Não tarda para que o público consiga ler além do sorriso de Torvald (interpretado por José Mata) e nele descubra um homem sem margem para redenção, um marido que objectifica a mulher e a infantiliza, que a violenta com um discurso profundamente machista. “Vamos vendo pelos comentários que ele diz, mas são coisas que não saltam logo à vist

Há arte, rampas de skate e até comida no terraço no antigo Entreposto

Há arte, rampas de skate e até comida no terraço no antigo Entreposto

Do topo do antigo edifício Entreposto, à entrada de Moscavide, a vista é desafogada e panorâmica sobre a zona oriental de Lisboa, entre o Parque das Nações e o Aeroporto. Desde a semana passada, é possível subir até lá e desfrutar de um terraço onde cabe cultura, desporto e gastronomia. Faz precisamente um ano que a Jamestown, empresa de investimento e gestão imobiliária, anunciou a compra do edifício JQOne (tradicionalmente conhecido como Entreposto). A empresa comprou o edifício de escritórios por 98 milhões de euros e rebaptizou-o de IDB Lisbon – Innovation & Design Building Lisbon.  Foi-se um dos parques de estacionamento e surgiu um terraço de mais de três mil metros quadrados, pintado a cores garridas. À entrada, um mural da dupla Los Pepes, com mais de 40 metros e inspirado na cidade de Lisboa, dá as boas-vindas. A arte continua no chão, nos elementos que adornam as rampas de skate ali instaladas. A curadoria é do colectivo artístico Crack Kids, e as obras foram concretizadas pelos artistas João is Typing, Malibu Ninjas e Kampus. Este último, já conhecido pelas salsichas que espalha pela cidade, concebeu a maior até à data. O objectivo é funcionar como uma pista de corrida para quem quiser dar corda às sapatilhas. Francisco Romão Pereira Noutro ponto do terraço erguem-se antigos letreiros, com reclames que fizeram parte da identidade visual da Lisboa do século XX, de oculistas a marisqueiras. O Projecto Letreiro Galeria mostra aqui 20 letreiros que contam a história

Pedro Moreira deve trocar Museu do Tesouro Real pela presidência da EGEAC

Pedro Moreira deve trocar Museu do Tesouro Real pela presidência da EGEAC

Com mudança do ciclo político na Câmara Municipal de Lisboa, do Partido Socialista de Fernando Medina para o Partido Social-Democrata de Carlos Moedas, era expectável que o executivo autárquico mudasse as administrações das empresas municipais, incluindo a que gere os espaços culturais da cidade. Esta, a EGEAC – Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural de Lisboa, era uma das últimas em que tal não tinha acontecido, mas que deverá ter em breve um novo presidente: Pedro Moreira. O Observador noticiou esta quinta-feira, e a Time Out Lisboa confirmou junto da Câmara de Lisboa, que Pedro Moreira, actualmente director de operações do Museu do Tesouro Real, será proposto para a presidência da EGEAC na reunião camarária desta sexta-feira. Trata-se de um regresso a casa, uma vez que o gestor trabalhou na EGEAC durante mais de uma década, em funções como a direcção das Festas de Lisboa ou a coordenação do Gabinete de Gestão da Carteira de Patrocínios e Mecenato, cargos que abandonou em 2016 para se tonar director de Marketing e Visitor Attractions da Lismarketing, entidade da Associação de Turismo de Lisboa. Mais tarde, assumiria as rédeas do museu na Ajuda, que abriu em Maio, e cuja gestão de "pessoal, manutenção, venda de bilhetes, recolha de receitas e todos os custos inerentes" é feita pelo Turismo de Lisboa.   O nome de Pedro Moreira será proposto em conjunto com Susana Graça, responsável pelo Fundo Europeu para os Media e Informação, e pelo ex-jornalista Manuel Fal

Antes Quintalão, agora Quinta do Bicho da Seda: Algés ganhou um novo espaço verde

Antes Quintalão, agora Quinta do Bicho da Seda: Algés ganhou um novo espaço verde

Cenouras, rabanetes, feijão, alho francês, rúcula e tomate. Manuela Ferreira, 36 anos, não tem de fazer escolhas quanto ao que semear no talhão que tem na Quinta do Bicho da Seda, em Algés. Há espaço para tudo isto e mais. "Já sei da existência destas hortas há muitos anos e no concelho de Cascais já me tinha inscrito, mas nunca tinha tido a sorte”, conta à Time Out. “Quando vim morar para aqui inscrevi-me na Câmara, estava atenta, segui as obras e tive a sorte de me calhar um talhão. Estou super contente”, diz, até porque "serve para conhecer os vizinhos, que de outra forma não conhecia ninguém”.  Manuela é uma das moradoras da união de freguesias de Algés, Linda-a-Velha e Cruz Quebrada-Dafundo a quem, via concurso público, foi designado um dos 12 talhões no novo espaço verde que nasceu junto à Avenida dos Bombeiros Voluntários no final de Março. O direito de ocupação dos espaços de cultivo, com áreas que variam entre 33,11 metros quadrados e 42,1 metros quadrados, é de um ano e renovável até ao limite de cinco anos.  As hortas urbanas são apenas parte do lugar inicialmente designado como “Quintalão” — é, aliás, esse o nome que consta na placa de colocação da primeira pedra, em Junho de 2021 — e que hoje é oficialmente apelidado de “Quinta do Bicho da Seda”. A área de 3500 metros quadrados inclui zonas de lazer, fontes e um troço da ribeira de Algés. O investimento é da Câmara Municipal de Oeiras (CMO) e ronda os 995 mil euros.  Ricardo Lopes Do outro lado do núcleo agríco

No Museu do Oriente mostra-se o zoo da vida contemporânea

No Museu do Oriente mostra-se o zoo da vida contemporânea

“Vivemos todos aprisionados num jardim zoológico, numa vida restrita.” A frase está inscrita na parede negra no interior do Museu Oriente, em Lisboa, onde desde quinta-feira, 14, se pode ver “Animal Farm”, uma exposição do fotógrafo e artista multimédia taiwanês Chou Ching-hui, que usa a “jaula” do jardim zoológico como uma metáfora para a “jaula” da vida moderna. “É sobre as regulações invisíveis nas nossas vidas. Estamos presos nestes hábitos”, diz o artista à Time Out, por intermédio de uma tradutora. “Vamos para casa no mesmo caminho que voltamos, é como se estivéssemos presos no trânsito”. Poderá a arte servir para quebrar esse estado? Chou recusa ser tão taxativo. “A arte está só a tentar fazer perguntas. Não tenho respostas para isso e não é a minha responsabilidade. Tento fazer perguntas através desta exposição e o público pode reflectir sobre os seus ambientes e a sua situação de vida. É esse o propósito desta exposição”.  O título, “Animal Farm”, é inevitavelmente associado ao romance de George Orwell publicado em 1945, mas o artista garante que não passa de uma coincidência. “Nem sequer acabei esse romance”, diz, embora admita que sabe “as ideias do livro”. “A ideia principal é semelhante. Muitas pessoas perguntam porque não uso o nome ‘Human Zoo’ como título da mostra, mas acho que é demasiado directo. ‘Animal Farm’ permite-nos pensar em jaulas, pensar em restrições, mas não é tão linear”.   DR Linear é a proposta para descobrir todas as obras que ocupam as dua

Lisboa Soa regressa em Agosto com novas experiências sonoras

Lisboa Soa regressa em Agosto com novas experiências sonoras

O Lisboa Soa, festival lisboeta que tem trazido à cidade experiências auditivas na forma de instalações, concertos, workshops ou passeios sonoros, está de regresso. À 6.ª edição, o evento vai ocupar o Teatro Romano de Lisboa e as Carpintarias de São Lázaro, de 26 a 28 de Agosto, passando a durar três dias, em vez dos habituais quatro.  O mote desta edição é “Reinvenção”. “Na utopia científica de New Atlantis de Francis Bacon havia lugares emblemáticos onde se guardavam e manipulavam sons, que eram as Casas de Som. Aqui previam-se novas experiências auditivas baseadas na decomposição, combinação e transmissão de sons transformados, profetizando sobre o que viria a ser a música electrónica ou a arte do som tal como é entendida nos dias de hoje. Mas as Casas de Som de Bacon são, antes de mais, uma revelação sobre o poder que os instrumentos imaginários têm para agir sobre o mundo”, justifica Raquel Castro, directora artística e programadora.  Com a programação ainda por revelar, o site oficial adianta já a presença de artistas como Hanna Hartman, Riccardo La Foresta, Dawn Scarfe e Ricardo Martins. Antes disso, a 22 de Julho, inaugura nas Carpintarias de São Lázaro a instalação Acoustics of Resistance, de Mikhail Karikis, que pode ser visitada até ao fim do festival.  + Leia, grátis, a edição digital da Time Out Portugal desta semana + A nova edição de Verão da Time Out Lisboa chega com a vaga de calor

Depois de dois anos fechada, a Pensão Amor vai reabrir

Depois de dois anos fechada, a Pensão Amor vai reabrir

A fachada do prédio continua em obras, mas a Pensão Amor vai abrir portas já esta quinta-feira, 14 de Junho. O espaço do Cais do Sodré está encerrado desde Março de 2020 e reabre agora numa versão "rejuvenescida, ansiosa por acolher os seus amantes, despida de preconceitos e pronta para se entregar sem restrições", lê-se no comunicado enviado às redações.  Susana Pais, do grupo Mainside, responsável também por projectos como a reabilitação urbana do Lx Factory, em Alcântara, e pelo MEL - Museu Erótico de Lisboa, adianta à Time Out que entre as novidades está uma nova sala com um novo bar secundário, mais amplo do que o anterior. Os dois anos de encerramento serviram para "fazer alguns melhoramentos a nível de infra-estruturas da própria Pensão, que era um espaço que tinha sido adaptado para esta área de negócio", conta. "Para isso foi necessário fazer um licenciamento na câmara e atrasou um bocadinho mais", aponta. A ideia de expansão da Pensão Amor para incluir um alojamento local continua em marcha. "Nos pisos superiores da Pensão a obra continua a decorrer, precisamente para esse propósito", explica. Para a inauguração esta quinta-feira estão previstas "várias animações durante toda a noite", nomeadamente contorcionistas, uma cartomante, uma performance de hula hoop e um espectáculo de drag queen. Haverá ainda um DJ a partir da meia-noite.  Quanto ao horário da Pensão Amor, passará a ser das 19.00 às 03.00, de domingo a quarta-feira, e até às 04.00 de quinta-feira a sábad

Fechado há sete meses, “O Relento está encerrado, mas não morreu”

Fechado há sete meses, “O Relento está encerrado, mas não morreu”

O Relento, histórica marisqueira na baixa de Algés, está encerrado desde 31 de Dezembro de 2021, mas deverá abrir “em breve”. Na sequência da notícia da Time Out publicada esta segunda-feira, José Tomé, sócio-gerente d'O Relento, enviou um comunicado à redação esclarecendo que o encerramento se deve a "questões de saúde" do próprio e que as sucessivas datas de reabertura, afixadas na porta durante o mês de Janeiro, se prendem com o facto de "a situação infelizmente ainda não se encontrar resolvida".  "O Relento reabrirá logo que possível com o carisma, a atenção e a qualidade que sempre pautaram a imagem desta casa histórica no contexto de Algés, de Lisboa ou até do país", afirma por escrito. Por telefone, esta terça-feira de manhã, José Tomé garante à Time Out que "O Relento está encerrado, mas não morreu, nem está morto". “A questão é que não se conseguiu arranjar forma de, sem a minha presença lá, aquilo poder trabalhar de alguma maneira, portanto optou-se por estarmos encerrados. O Relento baseava-se muito na base da personalização e da presença, nunca foi, nos 61 anos de vida que tem, uma casa que fosse gerida à distância. E isso obrigou a encerrar-se o Relento. Para que eu recuperasse a minha saúde, porque sem saúde aquilo não poderia andar para lado nenhum”, explica de viva voz. No total, trabalham na cervejaria 17 pessoas, que continuam a receber os vencimentos apesar de não estarem a exercer funções no espaço. “Toda a nossa equipa profissional, de empregados, está a